Largo 1º de Dezembro
Durante a 1ª República Portimão cresceu e foi dotada de novas infra-estruturas.
Em 1915, os Paços do Concelho, acompanhando o laicismo do novo regime, passaram do Colégio dos jesuítas para um palacete aristocrático – a residência da família Sárrea Gárfias. Neste palacete foi também instalada uma escola oficial conhecida como a «escola régia».
O largo fronteiro foi baptizado de «Largo do Município» e, em 1931, foi ajardinado de acordo com o modelo romântico – bancos e painéis de azulejos historiados e iluminado com candeeiros art nouveau. Era um largo central na vida municipal onde se encontravam diferentes serviços como a delegação do Banco de Portugal, um hotel, cabeleireiros e lojas.
Ao fundo, na antiga Rua dos Quartéis, vivera um comerciante abastado – José Libânio Gomes, pai do presidente da República, Manuel Teixeira Gomes.
Em 1951, em pleno Estado Novo, a Câmara Municipal foi instalada no palacete do Visconde de Bivar.
Esta transferência justifica a mudança de designação do Largo do Município para Largo 1º de Dezembro, evocação de um facto histórico enaltecido pelo regime – a restauração da independência de Portugal face à monarquia hispânica (1640).
O palácio Sárrea foi dotado de novos serviços: tribunal judicial, repartição de Finanças, Conservatória do Registo Civil e Predial, posto de turismo, biblioteca municipal e quartel da GNR.
Em 11 de Dezembro de 2008 o palácio recebeu um novo inquilino – o Teatro municipal de Portimão (TEMPO). O largo mantém o mesmo nome e o jardim aguarda uma urgente intervenção de reabilitação.
A propósito deste dia 1º de Dezembro não podemos deixar de lembrar que Fernando Pessoa, o poeta futurista, fez questão de publicar neste dia histórico,corria o ano de 1934, a Mensagem, único livro editado em vida do autor maior da literatura portuguesa.
Dulce Catarino, 12º C